GOLPE DA FRUTA: MERCADÃO ENDURECE REGRAS COM AMEAÇA DE DESPEJO

Gestão impôs ações após denúncias de consumidores que eram coagidos e ameaçados a pagar preços abusivos nas frutas

 

Era fevereiro de 2022 quando as primeiras denúncias do golpe da fruta no Mercado Municipal de São Paulo, mais conhecido como Mercadão de SP, começaram a surgir. Com a repercussão do caso, a gestão do estabelecimento precisou agir e endureceu as regras: agora, qualquer indício de que a banca esteja aplicando o golpe, ou até mesmo o uso de facas convencionais, pode levar o comerciante a ser despejado.


Em entrevista ao R7, Aldo Bonametti, presidente do conselho de administração da Mercado SP SPE S.A, concessionária que administra o estabelecimento, explicou que, desde as primeiras denúncias, a gestão tem atuado com o Procon e outros órgãos para aplicar advertências nas bancas de frutas, caso necessário, além de palestras com os comerciantes para ressaltar a importância de um trabalho honesto.

As novas regras que foram impostas são para preservar a segurança do consumidor, bem como a dos comerciantes. “A gente proibiu o uso de facas normais tanto porque pode fazer com que o cliente se sinta intimidado quanto porque o uso de facas descartáveis é até mais higiênico”, afirmou Bonametti.

 

Bancas fechadas

Assim que começou a viralizar esse tipo de denúncia, o Procon montou uma força-tarefa para fiscalizar as barracas, e, ainda em fevereiro do ano passado, três barracas foram interditadas, onze autuadas e seis receberam multas.


Segundo o órgão, a tática de algumas bancas do Mercadão era abusiva e infringia o Código do Consumidor. O diretor do Procon-SP, Fernando Capez, explicou naquela ocasião que as amostras oferecidas pelos vendedores não poderiam ser cobradas e o preço dos produtos precisava estar explícito aos clientes, coisa essa que, segundo ele, algumas barracas não faziam.

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